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O toque que dizia tudo

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Aconcheguei-me por debaixo do seu braço, coloquei a mão no peito dele e sorri... o seu coração estava acelarado.
ela: qualquer dia tens um enfarte. porque é que estás assim?
ele: és tu que me metes assim.
(*ela sorriu e as suas covas na face ficaram delineadas*)
olhou para a sua face naquele perspectiva de baixo, pois ainda estava debaixo do braço dele com a cabeça na sua barriga e com a mão no seu peito a sentir o batimento cardíaco que a cada minuto se mostrava mais irregular.
observou-o mais um pouco e em seguida 'desprendeu-se' da posição em que se encontrava sentou-se diante dele, olhou o nos olhos e disse: amo-te sabes?
ele respondeu delicadamente com as faces rosadas e um sorriso delineado nos lábios: eu também te amo.
ela poisou a mão no seu pescoço, ele passou-lhe a mão no cabelo de forma a afastar o cabelo que estava em frente do rosto e beijou-a, não foi um beijo vulgar ou normal, mas sim o maior e melhor beijo apaixonado que alguma vez deram. Um beijo que fazia concorrência às telenovelas e filmes americanos que ilustram os amores e os desamores de seres humanos criados para mostrar, persuadir ou ensinar algo.
ela levantou um pouco a camisola dele e passou-lhe a mão nas costas num movimento vertical e lento desde os ombros ao cóccix ele passou lhe a mão pelo ombro e deixou-a escorregar até à mão até ao momento em que no ar entrelaçaram os dedos e olharam olhos nos olhos num do outro a admirar a beleza interior e o brilho que se fazia luzir nos seus olhos.
ela: preenches a minha vida.
ele: completas o pedacinho que faltava.
ele ia a dizer uma palavra mas ela não deixou, silenciou-lhe as palavras com um simples e leve toque nos lábios, olhou-o nos olhos e beijou-o.
ela: fica comigo esta noite…
ele: queres mesmo? Tens a certeza?
ela: tenho
ele: mesmo?
ela: cala-te um segundo e deixa-me aproveitar.
ela sacudiu umas almofadas, estendeu-lhe a mão, e ele percebeu o gesto, gesto esse que já dizia tanto… deu lhe a mão , abraçou-a e segredou-lhe mais uma vez ao ouvido perguntado suavemente: tens a certeza?
ela olhou-lhe nos olhos e o olhar simplesmente respondeu à sua pergunta.
ele abraçou-a e encostou-a contra a secretária de vidro que estava coberta de papeis do seu emprego.
colocou as mãos nas suas costas e deslizou-as até ás suas nádegas, juntou os dedos, levantou o polegar e fez transparecer a sua mão pelos seus cabelos, passando pela sua face, o seu pescoço e passando pela sua orelha, beijando-a com um lento e saboroso beijo.
voltou a colocar as suas mãos nas costas dela e levantou-lhe um pouco a camisola, até a levantar por completo e lha tirar.
ela levantou-lhe também a camisola e retirou-a suavemente, colocou as  mãos sobre o peito dele e olhou-lhe nos olhos.
ele deitou-a na cama e levemente colocou-se por cima dela, olhou-a com um ar sedutor e beijou-a. as velas ardiam furiosamente largando suaves aromas e o ambiente aquecia à medida que a cera era queimada e que o momento deles se tornava mais especial.
ele  deslizou a sua mão no seu peito, atravessando a cintura, até chegar à perna. Acariciou a sua face e puxou os lençóis para cima deles. a roupa ia caindo pelo colchão e um verdadeiro momento de amor estava a acontecer, um momento que não precisava de ser emoldurado com uma madeira bonita e cara nem colocado num embrulho com um laço a condizer. era um momento que só eles perceberam o quanto era intenso e intimo, pois o viveram intensamente como se fosse a última vez que os seus corpos se iam tocar.
ela acordou no dia seguinte enrolada nos lençóis brancos e com um penteado que metia medo ao susto. Apalpou os lençóis para ver se o encontrava, mas ele não estava ali, levantou-se em sobressalto apertando o lençol contra o seu corpo com o braço esquerdo e chamou por ele. o silencio ocupara-se daquelas quatro paredes, até que a porta se abriu… era ele com um bonito tabuleiro amarelo com uma pequena jarra com uma geribéria, vermelha como o fogo, linda… e uma bonita chávena de café com um bombom em forma de coração delicadamente colocado na borda.
ele: bom dia meu doce, dormiste bem?
ela abraçou-o com força e disse: tive tanto medo que não passasse de um sonho, tive tanto medo que nada disto fosse real.
ao abraçá-lo derrubou a chávena de café e entornou a bebida no tabuleiro
ele: olha o que fizeste minha pateta! não te preocupes que foi tudo real, aconteceu mesmo
ele sorriu
as lágrimas verteram-se sobre o rosto dela mas um enorme sorriso de seguida apareceu.
ele: és linda sabes?
ela corou
ela: o teu corpo… o teu cheiro… foi mesmo tudo real?
ele passou-lhe a mão nos lábios, sorriu e disse: sim meu anjo, foi tudo real, não estás a sonhar.
ela: ficas comigo para sempre?
fez um ar pensativo e hesitou a responder.
ela: ENTAO? NÃO QUERES. perguntou ela muito aflita.
ele sorriu passou-lhe a mão no cabelo e disse: claro que sim minha tonta, estava a brincar contigo.
abraça-me disse ela.
Ele sentou-se na cama encostou as costas contra a parede e ela aconchegou novamente a sua face na sua barriga por debaixo do seu braço enquanto ele fazia suaves festas e passava os seus longos cabelos platinados que ainda cheiravam a uma mistura de Lúcia-lima com citrinos, por entre os seus dedos.
Tudo começara assim e tudo terminara assim… ou não.
Nem sempre o fim é bom, bonito e cor de rosa, a realidade não é assim, nós é que queremos que seja, então ilustramo-la desta forma, mas todos sabemos que lá no fundo, nada é tão fácil, por pena e infelicidade nossa, nada é perfeito.
:heart:
© 2008 - 2024 redonda
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WarmSoul's avatar
Lindissimo. Parabéns.. : )